Na gélida corrente que passava
senti um frio de arrepio, a pele ouriçada
Ao som da natureza e com o frio que cala
Emergi meu corpo nesse leito
desse jeito
o meu peito
no leito
aproveito
Quero calma
para a alma
vou na valsa
Na água negra
um véu de seda
brilha à luz acesa
Penso
nado
faço caso
lembro cada fato
Me aperta o coração...
sinto a vibração
Com os ouvidos submersos
ouço carros
faço versos
Apenas mais..e sempre mais
Sinto e vejo que me entrego.
Expor idéias..não por moda, mas por necessidade. Desejo de dentro, de um tempo para traduzirmos o que sentimos, uma oportunidade de lavar a alma com as palavras que o coração e a razão pactuam secretamente.
quinta-feira, 12 de abril de 2012
quarta-feira, 11 de abril de 2012
A primeira dança
Aquela não era, desde o início, pra ser uma dança qualquer.
A música embalou antes mesmo que alguma das partes se desse conta.
Envolveu, seduziu e conduziu ao inesperado.
A faísca tímida da intenção, ainda subconsciente, era lançada como dardos a 20 metros de distância do alvo, ainda sem metas ou dimensão do seu alcance...
Mas converteu-se em munição pesada
e a sinfonia tomou nova cara
deixando de lado o despropositado bolero
para vestir a atitude do tango, que tempero.
E no sabor do novo ritmo
Outro olhar, sereno e íntimo
Como em todo espetáculo vivido, intenso e sentido
Outros elementos integram a trama e formam o drama;
mas também trazem o perigo que provoca, acende a chama.
E esse contexto eleva ao clima
Atitude instintiva e impulsiva
O tango abre espaço e o Zouk se aproxima.
Tão alucinante e sensual, que embaça a vista.
Armadilha que nos prende à pista, sutil ironia:
Abriu novas portas justo quando impediu a saída.
Voyers com suas sirenes, beirando a fresta
Tanto olharam e intimidaram que acabaram a nossa festa.
Só que o fim daquela dança não haveria de ser Adeus,
Mas um breve até logo de quem por dentro ardeu.
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