Palavras soltas, visões sem foco
paro e reparo..
Afinal, olho o nada..e não é tarefa fácil!
Concentrar em um ponto neutro, transformar o que é fundo em figura..embaçar vista e sentir os olhos movendo-se para algum lugar desconhecido dentro do turbilhão que se forma na minha frente..ou dentro de mim?!
Um quê da psicose vista em "Mente brilhante", mas não de teor genial..
Uma espécie de fuga dos elementos lidos tão claramente na rotina..
Uma busca do não ver..do não raciocinar
Simplesmente se entregar ao abastrair.
abs trair
a b str a ir
Afinal...pra quê seguir a regra sempre?
Para ver bem, é preciso fechar os olhos por alguns segundos..
Se nos colocamos no escuro, repentinamente, precisamos nos cegar ainda mais pra ver o que parecia completo breu tomar forma pouco a pouco..
É esse "ajustar" dos olhos que me leva ao pensar em nada...e me calibra a mente exatamente quando pareço estar delirando!
Em pensar que tudo isso teve base na minha oitava série..
René Magritte, esse é o cara que me levou ao encantamento da arte surrealista.
Querendo ganhar uns trocados, aceitei fazer uma resumo de um livro sobre ele, para alguém que cursara Artes Plásticas na universidade.
Aquele linguajar me parecia algo complicado, mas as imagens...ah...me encantavam..
Então me vi dentro daquela lógica de coisas incrível e lindamente ilógicas..
Sonho e realidade justapostas em um plano de cores e formas que inquietam, mas alegram
Irreverentes situações, contrastantes, ou não?!
Arte e vida...atrevida!
Aqui, ontem, macarrão?!
Agora entendo as brincadeiras do meu pai:
"- que horas são?
- pesa 3 kg
-deve ser porque é flexível
-e se não fosse fruto do mar?
-óbvio, é naftalina"
Como é bom divagar nas águas de Dalí antes de voltar a atracar no meu cotidiano tão normal..
Expor idéias..não por moda, mas por necessidade. Desejo de dentro, de um tempo para traduzirmos o que sentimos, uma oportunidade de lavar a alma com as palavras que o coração e a razão pactuam secretamente.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
Pingos de humanidade
Uns pingos..
espera, são pingos?
De fato! Ainda tímidos, mas já se lançando ao parabrisas. Anunciava uma chuva indecisa, daquelas que não sabem se vão ou se ficam, se derretem ou carregam sozinhas o peso que incorporam.
Olhos atentos, já que carros altos à frente limitam a visão.
Cadê? Será?
Sim, sim!! Há pedestres esperando alguém parar para então avançar.
Nossa, que alegria boba, mas verdadeira a que sinto de um gesto tão pequeno.
Com os transeuntes, prioridade total. Mas os carros...ah, motos...quase pragas que dominaram o espaço viário.
Não têm o meu respeito aqueles que não sabem ser humildes e esperar a vez ou o favor.
Mas um, hoje, foi especial. Parecia ter se perdido, ou mudado de rota subtamente. Então avançou a primeira, a segunda faixa.. até que resolvi lhe ceder o espaço à minha frente. Uma buzinada de agradecimento e meu sorriso instantâneo!
Após a conversão, semáforo fechado. Então paro e penso no ocorrido, em como seria saudável um trânsito com mais motoristas exemplares como aquele diante de mim.
Meus pensamentos foram longe...
foram,
interrompidos
Sirene?
Pelo retrovisor confirmo: sirene! Ambulância..
Rápido, liberar o espaço central.
Juntei meu carro o máximo que pude do meio fio super alto do canteiro central, e medi a distância do carro ao lado, para me certificar que seria o suficiente para a passagem do veículo com prioridade.
Então sinto como uma imagem cinematográfica, que surpreendentemente me pulsou mais forte o peito:
Quase em sincronia, os carros todos, populares, importados, limpos ou sujos, de motoristas educados ou imprudentes...todos abrindo passagem para aquele que transportava alguma vida em risco.
Pingos..
Sério?
Sim..Pingos que se desprenderam timidamente dos meus olhos..
espera, são pingos?
De fato! Ainda tímidos, mas já se lançando ao parabrisas. Anunciava uma chuva indecisa, daquelas que não sabem se vão ou se ficam, se derretem ou carregam sozinhas o peso que incorporam.
Olhos atentos, já que carros altos à frente limitam a visão.
Cadê? Será?
Sim, sim!! Há pedestres esperando alguém parar para então avançar.
Nossa, que alegria boba, mas verdadeira a que sinto de um gesto tão pequeno.
Com os transeuntes, prioridade total. Mas os carros...ah, motos...quase pragas que dominaram o espaço viário.
Não têm o meu respeito aqueles que não sabem ser humildes e esperar a vez ou o favor.
Mas um, hoje, foi especial. Parecia ter se perdido, ou mudado de rota subtamente. Então avançou a primeira, a segunda faixa.. até que resolvi lhe ceder o espaço à minha frente. Uma buzinada de agradecimento e meu sorriso instantâneo!
Após a conversão, semáforo fechado. Então paro e penso no ocorrido, em como seria saudável um trânsito com mais motoristas exemplares como aquele diante de mim.
Meus pensamentos foram longe...
foram,
interrompidos
Sirene?
Pelo retrovisor confirmo: sirene! Ambulância..
Rápido, liberar o espaço central.
Juntei meu carro o máximo que pude do meio fio super alto do canteiro central, e medi a distância do carro ao lado, para me certificar que seria o suficiente para a passagem do veículo com prioridade.
Então sinto como uma imagem cinematográfica, que surpreendentemente me pulsou mais forte o peito:
Quase em sincronia, os carros todos, populares, importados, limpos ou sujos, de motoristas educados ou imprudentes...todos abrindo passagem para aquele que transportava alguma vida em risco.
Pingos..
Sério?
Sim..Pingos que se desprenderam timidamente dos meus olhos..
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
Sinto, Tenho, Dor e amor
Sinto em mim de um tudo
me revolto com facilidade, perco a paciência, queimo meu pavil curto
me apaixono pelas possibilidades, me envolvo com ansiedade, me debruço
Tenho em mim de um tudo
amor, carinho, doação
rancor, exigência, frustração
Ilusão, por quê andas comigo de mão?
Para bem ou para mal, me etrego aos mares paixão e aos rios de lágrimas
me arrisco
Fazer o quê?!
É meu vício!
Cultivo minha plantação com a dedicação de um agricultor
Mas se preciso for
Adentro na mata como um caçador
Em busca de uma dor..
Uma? Não, de quantas for...
Para satisfazer a minha carência de amor.
me revolto com facilidade, perco a paciência, queimo meu pavil curto
me apaixono pelas possibilidades, me envolvo com ansiedade, me debruço
Tenho em mim de um tudo
amor, carinho, doação
rancor, exigência, frustração
Ilusão, por quê andas comigo de mão?
Para bem ou para mal, me etrego aos mares paixão e aos rios de lágrimas
me arrisco
Fazer o quê?!
É meu vício!
Cultivo minha plantação com a dedicação de um agricultor
Mas se preciso for
Adentro na mata como um caçador
Em busca de uma dor..
Uma? Não, de quantas for...
Para satisfazer a minha carência de amor.
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