sábado, 18 de dezembro de 2010

A coexistência do macro e do micro

Quem somos? E o somos, para quem?

O que é, de fato, o mundo? E quem somos nós, para o mundo?

Pra mim, a coexistência de dois universos dentro de nós é um desafio a ser vencido através do equilíbrio.
Escalas totalmente diferentes, mas que devem  ter pesos iguais. Afinal:

EU, é o meu mundo. É o conjunto de fatos, opiniões, ações e consequências por mim vivido. SER, nesta perspectiva, pode ser tido como um verbo reflexivo, no qual faço a ação de ser eu mesma, é dizer, digo para mim como agir, como viver; então, sofro a ação: me transformo de acordo com minhas escolhas, recebo as consequências de meus atos. Este é meu mundo micro! Onde sou atriz, diretora e ainda dou contribuições no roteiro!

De MUNDO, muito se interpreta. É uma espécie de totalidade de alguma coisa, uma idéia de vastidão, um macro. Se adotamos a caricata significância de MUNDO como sendo o planeta Terra (muito embora este seja micro, diante do Universo), o EU torna-se pequeno, microscópico.

Então, a quê devemos dedicar mais dos nossos pensamentos? Ao micro, já que ninguém mais pode pensar por nós que não nós mesmos? Ou ao macro, uma vez em posse da consciência que cada um tem deveres e direitos para tentar tornar o coletivo mais justo e equilibrado.

'Em verdade (a minha), em verdade, vos digo': nem só de pensar no mundo vive o homem, mas de tudo aquilo que o leve ao auto-conhecimento.

O macro e o micro devem andar de mãos dadas, complementando-se.

De fato, pensar o mundo é um desafio. Como somos uma gota pequena nesse mar de pessoas e sistemas, a intenção de contribuir de maneira mais consistente para transformar o mundo muito nos consome. Estudamos, debatemos, buscamos alternativas para tornar mais sensata nossa coexistência.
Porém, de quê vale tentar "salvar o mundo" se não temos sobre nós mesmos o discernimento necessário para gerir de forma saudável nossa vida? Somos peças fundamentais para interferir no mecanismo global, entretanto, para que tenhamos condições de fazê-lo, precisamos estar em harmonia com o nosso ser, tendo ciência de nossas limitações e complexos, de modo a trabalhá-los para que nos tornemos pessoas equilibradas, possibilitando a sapiência de idealizar o macro e o micro como partes de um todo.

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