sexta-feira, 26 de julho de 2013

NUVENS ROSADAS

Em minhas lembranças trechos são perdidos
Pequenas lacunas do paraíso
Talvez elas sejam propositais
Pra que eu busque, na realidade
Ter novamente possibilidade
De voltar a ter uma proximidade

E em meio a flashes e devaneios
Crio metáforas, nas quais te vejo

Enquanto o Sol traduz o teu sorriso
A Chuva mostra que o que me molha
Jorra da Nuvem a qual o Sol toca
E exala a brisa que me leva afora
Quando carrega com ela teu suspiro

Diante destas volumosas massas
Tão doces quando algodão de contos
Me vejo quase que paralisada
E resisto quanto à acordar do sonho

Então, ao lembrar-me daquele toró
Tão intenso e rápido, que me deu nó
Não deixo de fazer olhar mendigo
Te imploro por mais um chuviscozinho

Talvez como garoa paulistana
Respingos que a cachoeira emana
Cujas gotas sinto em minha boca
Uma por uma a me deixar mais louca
Demoradas como um fechar de olhos
Que hão de abrir só ao afastar-te a boca

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